Contratações e Demissões
Contratações
Contratações devem ocorrer com muita clareza, com base em papéis que necessitam de novas pessoas na equipe. Por exemplo, em uma Reunião de Círculo, chega-se a conclusão de que é preciso criar um novo papel de 'Cientista de Dados'. Porém as pessoas do círculo, junto ao Elo Externo, entendem que o ideal seria contratar uma nova pessoa, com determinada experiência e perfil para energizar esse novo papel.
Abrindo uma nova vaga
O próprio círculo deve definir como divulgar a vaga, descrição, perfil e conhecimento desejados, desafios... a partir da própria descrição do Papel (propósito e responsabilidades), ou papéis.
Antes de divulgá-la para fora da Kisoul, é importante que a vaga, com seus respectivos papéis claramente descritos, seja sempre divulgada internamente entre colaboradores Kisoul, mesmo que de outros círculos, pois pode haver alguém que se interesse. Em caso positivo, é preciso uma avaliação em conjunto para ter certeza de que aquela pessoa pode ocupar o novo papel, se preciso com o auxílio do Elo Externo do círculo em questão. E se houver interesse, sempre há um caminho. Já sendo um colaborador Kisoul, abrir espaço para uma experiência prática faz total sentido.
No caso de se buscar de fato alguém de fora da empresa, uma expectativa de salário deve ser compartilhada com o círculo ou responsável pelo papel no Financeiro, para ter certeza de que o salário dessa nova pessoa pode ser comportado nos planejamentos financeiros.
O círculo também decide como avaliar os candidatos e o processo interno de seleção. Claro, consultar pares/círculos Kisoul que contrataram recentemente é super válido. E como há uma abertura para que cada círculo encontre a melhor forma de contratar, é importante frisar o compromisso da Kisoul com a diversidade e inclusão no trabalho.
Boas e importantes práticas ao se divulgar uma vaga:
Verifique se linguagem e os requisitos expostos nas descrições dos cargos para garantir que sejam inclusivos e equitativos.
Olhe ao seu redor, para seus colegas na empresa e no círculo em questão... você enxerga diversidade das mais diversas formas? Faça dessa nova vaga uma oportunidade para enriquecer a Kisoul com outras formas de pensar e diferentes experiências de vida!
Deixe claro na descrição da vaga que a Kisoul possui esse compromisso com a diversidade e inclusão, e se for o caso, deixe explícito quais 'perfis' de pessoas mais poderiam contribuir com nosso compromisso. Por exemplo: "Temos um compromisso com a Diversidade e Inclusão. Por isso, para essa vaga, daremos preferência para pessoas negras e pessoas trans."
Integração
Nosso processo de integração, assim como todo o Fluxo Kisoul, em constante evolução, ocorre da seguinte forma:
Alguém da equipe contratante se dispõe para ser 'mentor' da nova colaboradora. Acompanhando-a por todas as fases da integração, garantindo que a nova integrante seja bem recebida; mas também buscando se tornar um par de confiança para toda sua nova jornada na empresa.
O mentor compartilha materiais como o Manual do Colaborador, Códigos, visita junto este Fluxo Kisoul e explica detalhadamente os papéis planejados para aquela nova integrante da equipe assumir.
Na reunião de círculo da semana, ou em outro dia, mas na mesma semana de contratação, a equipe do círculo para tudo para se apresentar e contar um pouco para a nova integrante sobre cada um de seus papéis e o propósito dos círculos, principalmente o propósito maior da Kisoul - facilitando o entendimento da dinâmica organizacional da empresa.
Um café ou almoço com pessoas da equipe são sempre bem-vindos. O mentor deve auxiliar e se possível acompanhar o novo integrante nesses encontros.
Demissões
"O que acontece quando alguém faz um trabalho ruim ou precisa ser demitido? Esta é uma pergunta que quase sempre as pessoas fazem quando ouvem falar de autogestão. Se não há chefe, as pessoas com baixo desempenho podem ficar para sempre? E se alguém for difícil e fizer do local de trabalho um inferno para os outros? Será simplesmente permitido que fique? Organizações autogeridas certamente enfrentam tais situações de vez em quando e criam processos para lidar com elas, processos que não se apoiam em hierarquia, mas, sim, em mecanismos baseados em pares." - Frederic Laloux, Reinventando Organizações.
É importante frisar que toda a dinâmica organizacional Kisoul busca com que, naturalmente, pessoas que não estejam cumprindo bem seus papéis:
encontrem novos papéis na empresa que possam exercer com excelência, ou;
possam ter clareza de que o melhor a fazer é deixar a empresa
Não me sinto realizado, o que fazer?
Se você sente que não está contribuindo para a Kisoul como de fato gostaria, traga essa questão para seus pares. A ideia é que todos possam te ajudar a encontrar formas de você realmente sentir-se realizado com seu trabalho. Converse com algum par, pares ou traga a questão para a Reunião de Círculo. O importante é compartilhar até que a questão seja solucionada. Expor que você sente que não está contribuindo como gostaria para a empresa poderia parecer um 'tiro no pé', mas na verdade é uma grande demonstração de entrega e vontade.
Acredito que outra pessoa da empresa não está contribuindo como poderia. O que fazer?
Claro, a questão pode ser sobre outra pessoa, um colega seu. Nesse caso, o espírito de compartilhamento da questão é igualmente essencial. Com exceção de casos em que ocorrer Discriminação, Assédio ou quebra do Código de Ética, conduzidas conforme políticas específicas.
Se você entende que o colega deve permanecer na empresa, porém é preciso que ocorram mudanças na forma como ele trabalha ou em nos papéis que ele assume, siga pelo caminho acima do 'Não me sinto realizado..'., abrindo a conversa com o colega e outros pares.
Caso você entenda que o melhor seria o colega deixar a empresa, estabelecemos o seguinte processo:
Converse diretamente com esse colega (sim, por mais difícil que possa parecer). Seja sincero e claro sobre sua posição do porquê ele deveria deixar a empresa. Deixe que ele proponha formas de restabelecer sua confiança, por exemplo. E se for o caso, deixe claro que você entende a demissão dele como o melhor caminho.
Se não houver acordo, outro colega deve ser chamado para mediar o conflito. De preferência, um colega cuja escolha os dois estejam de acordo.
Se necessário, numa terceira etapa, um grupo de colegas é chamado para mediar, conduzido pelo primeiro 'outro colega' que mediou a conversa na segunda etapa.
Em último caso, o fundador da Kisoul e/ou 'presidente/elo externo do maior círculo' podem ser chamados para participar do painel.
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